Há ainda muitos eleitores indecisos, quanto ao candidato em que depositarão a sua confiança, nas eleições de Novembro. Eu próprio não sei quem estará em melhores condições de governar a maior potência mundial da actualidade. Na verdade, a maior parte das sondagens aponta como possível sucessor de George W. Bush o candidato democrata. É, inclusive, indiscutível que Obama possui carisma. Tanto é o carisma que conseguiu que 40 milhões de americanos assistissem ao discurso de aceitação da candidatura democrata que fez no estádio em Dever (mais pessoas do que as que assistiram aos Jogos olímpicos de Pequim). Este estádio teve também lotação esgotada, com os cerca de 80 mil lugares cheios. Talvez por medo de tanto carisma que junta as massas, a candidatura de John McCain diz que Obama é uma celebridade.
O certo é que parece que desta vez a escolha do Vice-Presidente poderá influenciar a campanha. Se os conservadores dizem agora que sentem que Palin é conservadora o suficiente para votarem conscientemente em McCain, os “centristas” acham que esse conservadorismo poderá ser de mais.
Embora Palin consiga que parte do eleitorado feminino vote nela, o que acontece é que a governadora do Alasca assume posições bastante diferentes de Hillary. Algumas das quais que merecem a minha receptividade, como o facto de ser contra o aborto. Por esse motivo, Sarah Palin não abortou o seu filho mais novo, que é vítima de Síndrome de Down.
Os indecisos continuam indecisos, pois o carisma de Obama atrai-os, no entanto, no meu caso, não sei até que ponto Obama poderá concretizar promessas ambientais. Por outro lado, não sei até que ponto McCain não poderá corromper o Alasca, em busca de mais gás natural e petróleo (posição defendida por Palin).
É verdade que ambos os candidatos apresentam uma visão diferente para o país, mas penso que John McCain saberá concretizar de uma forma mais eficaz os seus projectos. A questão é que McCain tem 72 anos e, caso lhe aconteça algo, Palin ficará presidente, sem nenhuma experiência em matérias essenciais. Todavia, creio que com a sua inteligência poderá aprender muito com McCain e demonstrar, caso McCain seja eleito, ser uma boa Vice-Presidente. Digo apenas o que a História bem demonstra: duvidou-se da capacidade de muitas personalidades serem competentes na sua área e estas provaram o oposto. Isabel I, de Inglaterra foi um caso, entre muitos.
Até Novembro, com o agudizar da campanha e com mais debate os indecisos ficarão decididos.
Nota: Estes vídeos foram retirados do site da CBSnews.