segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Plano Paulson não é aprovado pelo Congresso

O plano da Administração Bush, que incluia a injecção de 700 mil milhões de dólares, cerca de 480 mil milhões de euros, foi chumbado pelo Congresso.
Após um fim-de-semana de negociações com os candidatos à Presidência, o plano foi chumbado no Congresso. 205 votos a favor, contra 228. Foram os Republicanos que mais votaram contra.
Apesar da espectativa, esperava-se que o plano fosse aprovado, devido às negociações que pareciam ter satisfeito os 2 lados.
Os republicanos dizem não devia haver tanto dinheiro dos contribuintes envolvido.
O mercado reagiu mal. A Bolsa de Nova York desceu 603 pontos, cerca de 6,2%. Em São Paulo a Bolsa fechou mais cedo, após ter estado a perder mais de 10%. Entretanto, um terço dos americanos pensam que a América está numa depressão; é 3 vezes mais que há 10 meses atrás.
Quanto Portugal, Teixeira dos Santos, o Ministro das Finanças, afirmou que a situação era "preocupante (...) , mas os americanos têm a responsabilidade de resolver o problema.".

Este vídeo é da autoria da CBSnews.

Sarah Palin - preparação para o debate



A imagem de cima é uma hiperligação para a entrevista dos pais de Sarah Palin.
Clicando na imagem de baixo, ver-se-á uma pequena análise do comportamento de McCain, face aos media (no que diz respeito a Palin), bem como a preparação da candidata para o debate.

A popularidade de Palin está a diminuir. Há já alguns republicanos que pedem que a Governadora do Alasca seja retirada do ticket. Tem havido críticas de pessoas mais ou menos influentes e críticas de programas humorísticos, como o “Saturday Night Live”. No entanto, McCain diz que as pessoas estão entusiasmadas, em redor de Palin, porque ela sabe comunicar com as pessoas em geral. Esta noite, ter-se-á a oportunidade de ver um entrevista da CBS, com Palin. Será a sua 4.ª entrevista aos media. O facto de a n.º2 ter concedido poucas entrevitas tem sido muito criticado, pois, segundo alguns analistas, as entrevistas são parte de preço a pagar-se, pela inclusão num “ticket”.
Há, também, quem defenda que não se está a preparar Palin convenientemente, ao evitar o contacto com os media. É como que, de repente se atirasse Palin aos leões, no debate, após ter evitado todo o contacto anterior. Ao mesmo tempo, especula-se que o facto de o conteúdo das entrevistas não ser tão bom estará relacionado com os estrategas da campanha de McCain, que terão dado alguns conselhos a Palin, sobre pontos que depois não são tocados na entrevista, pelo que se tem de “circular” na resposta para poder incluir essa informação. Assim, defende-se que, por um lado, existe excesso de preparação (com os estrategas) e, por outro lado, falta dela, pelas poucas entrevistas concedidas. A agravar o problema, verifica-se que existe uma pressão da campanha e nacional.
Por este motivo, houve necessidade de dar a conhecer a verdadeira Sarah Palin ao Mundo, pelos seus pais e, assim, tentar aumentar novamente a popularidade da Governadora.
Segundo os pais de Palin, ela está preparada para ser o que quiser ser, devido à sua perseverança e capacidade de trabalhar muito, empenhando-se naquilo que faz.
Os pais de Palin dizem ainda que a sua filha vai surpreender, pela positiva, os críticos, no debate para a Vice-presidência dos EUA. Isto acontecerá, de acordo com os pais de Palin, porque ela é honesta, não exagera a realidade, diz sempre a verdade e é empenha e perseverante.
Alguns estrategas dizem que Palin possui experiência executiva o que é muito importante.

Quanto à posição de Biden, alguns analistas referem que este terá de ter muito cuidado no debate, não podendo ser muito dominador, para não haver críticas de discriminação por Palin ser mulher.

Elogios de Bill Clinton

A meu ver, uma vez mais, Bill Clinton mostrou-se relutante no seu apoio ao candidato democrata.
Desta vez, Clinton elogiou o “top of the ticket” republicano. Chegou mesmo a considerar McCain como sendo “a great man”. Isto porque McCain não terá nunca agido, de forma a que as pessoas tenham sentido pena dele, por ele ter sido soldado no Vietname, sujeito a tortura.
Apesar disso, Clinton afirmou que, com a crise económica que actualmente se tem sentido, Obama tem demonstrado ter tido boas ideias, de um líder. Por isso, o ex-presidente referiu que está disposto a fazer campanha por Obama. Clinton manifestou, ainda, o desejo de vir a ter Obama como Presidente, pois ele fará coisas dignas pelos americanos e pelo Mundo.
Clinton já fez saber que fará campanha pelo democrata em Ohio, na Flórida e na Pensilvânia.
Esta notícia pode ser vista aqui.

domingo, 28 de setembro de 2008

O que disse a linguagem corporal dos candidatos?

Joe Navarro, num vídeo da CBSnews, explica-nos o que disse a linguagem corporal dos candidatos no 1.º Debate Presidencial.
Começando pelo cumprimento, Navarro diz-nos que, como as pernas ficam muito atrás e apenas o braço se aproxima, os 2 candidatos não querem ser considerados próximos.
Segundo Joe Navarro, no debate houve momentos de tenção, evidenciados pelo facto de os candidatos não se olharem nos olhos.
Existia uma distância, através da utilização da 3.ª pessoa.
No final, o momento de encontro entre os 2 foi muito curto. McCain não quereria, diz-nos Navarro, fotos com Obama, para não evidenciarem a juventude de Obama, nem a diferença de alturas (McCain é mais baixo).
Navarro diz-nos também que acredita que, em dados momentos, os candidatos sentem rancor.

Este vídeo é da autoria da CBSnews.

Reacções partidárias após o debate

Os 2 candidatos à Vice-presidência dos EUA comentaram a prestação do n.º 1 do ticket, neste debate.
Joe Biden disse que Obama salvaria a Economia, através de políticas, como a redução de impostos, para a classe média, de forma a incentivar o investimento e, assim, possibilitar a criação de emprego. Falou, igualmente, no plano de saúde e atacou McCain ao dizer que o défice de 400 mil milhões de dólares deve-se, em parte, a McCain que votou 90% das vezes a favor de Bush. Deve dizer-se que, de facto, em média McCain votou 90% das vezes a favor de Bush. O valor rondou entre os 77%, em 2005 e os 95%, em 2007. Joe Biden, em média votou 52% das vezes com Bush.
Sarah Palin afirmou que McCain se saiu muito bem; fez um bom trabalho. A propósito do seu debate com Biden afirmou estar ansiosa por ele, referindo que está preparada para defrontar o democrata. Alguns analistas dizem que, durante os últimos tempos, Palin tem vindo a perder a confiança em si própria. Recordam a Convenção do GOP, onde ela fui muito aplaudida e dizem que as gaffes que tem cometido têm andado a tornar Palin um pouco nervosa e com falta de confiança.
O debate dos 2 candidatos à Vice-presidente será na 5.ª feira.
Entretanto, as 2 campanhas já lançaram anúncios televisivos, após o debate. A de McCain aposta uma vez mais no slogan: "Is Obama ready to lead? No!". O anúncio fez um apanhado das vezes em que Obama disse que concordava com McCain. Há outro anúncio (que pode ser visto mais abaixo), onde McCain tenta evidenciar diferenças entre Biden e Obama.
A campanha democrata dirigiu-se à classe média, ao evidenciar que McCain nunca disse as palavras "middle class".
Anúncio de McCain:

Anúncio de Obama:

1.º Debate Presidencial


Este debate foi o primeiro de 3, onde o assunto principal era a política externa (ponto forte de McCain), embora também se tivesse analisado a Economia, devido à actualidade em torno deste tema.
Segundo os europeus, Obama deveria ser eleito Presidente da actual maior potência mundial. No entanto, quem vota são os americanos, que não escolheriam um Presidente apenas de acordo com os padrões europeus (que têm que ver com os assuntos que mais os afectam, como a política externa e a Economia).
A maioria dos analistas considera que o debate foi um “empate”. Nenhum dos candidatos se evidenciou, mas também nenhum terá cometido gaffes. A maioria dos americanos indecisos não sabe dizer, de acordo com uma sondagem da CBS, quem terá ganho o debate, mas ainda assim 25% defendem que McCain o terá ganho, contra 39%, que pensam que foi o Senador do Illinois. Vejamos mais pontos abordados na sondagem:


Quem tomaria as melhores decisões no Iraque?
58% dos indecisos estão convencidos que seria McCain.
48% consideram que Obama também faria um bom trabalho.

Quem tomaria as melhores decisões económicas?
44% dos indecisos inclinam-se para McCain.
66% pensam que seria Obama.

Quanto à preparação do candidato para ser presidente, …
79% dos indecisos consideravam antes do debate que McCain estaria preparado para assumir o cargo. Depois do debate, o valor desceu 1%.
45% dos indecisos consideravam antes do debate que Obama estaria preparado para assumir o cargo. Depois do debate, o valor aumentou para os 58%.

Um quarto dos indecisos mudaria a sua opinião sobre o candidato em que votaria. De referir que, para 46% dos indecisos a sua opinião sobre o candidato democrata aumentou, piorando para 8% dos indecisos. Para os restantes 46%, manteve-se na mesma.
A margem de erro é de 4% e a apresentação dos resultados pode ser feita, clicando na imagem acima.
O debate pode ser visto aqui.

sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Hoje debate McCain-Obama

McCain irá ao debate, mas talvez o faça “porque tem de ser”…
O objectivo de McCain ao ter pedido para adiar o debate seria, de acordo com alguns analistas, passar o debate para a próxima 5.ª feira e, assim, adiar o debate com os VP’s, que está marcado para 5.ª. Ao que parece a campanha republicana está um pouco preocupada com Palin e gostaria de adiar esse debate, para poder preparar melhor a candidata.
Entretanto o republicano Huckabee criticou McCain pela possibilidade de este não aparecer no 1.º debate. Huckabee já havia criticado McCain, pela sugestão da discriminação de Obama a Palin por ela ser mulher, aquando do episódio do “lipstick on a pig”.
Este debate será importante, pois alguns indecisos ficarão mais esclarecidos sobre a possibilidade de escolher um ou outro candidato para Presidente.
Os assuntos a serem discutidos serão Relações Internacionais, Economia e Energia.

John McCain justifica a suspensão da campanha


John McCain suspendeu a campanha, embora vá participar hoje no Debate com Obama. Em entrevista à CBS o candidato disse que o motivo da suspensão está relacionado com o facto de “a crise financeira por que os EUA estão a passar é de grandes proporções e é preciso actuar”. O candidato defende, para fazer abrandar a crise, uma maior transparência.
Segundo McCain, esta crise afectará todas as pessoas e não apenas a Bolsa. Deve-se, por esse motivo, ouvir os americanos nesta questão. O candidato ataca o Senador do Illinois, por não ter aceite debates anteriores, propostos pelo republicano. O que é certo é que o Debate se vai realizar (e seria pior para McCain se não se realizasse). O assunto não será apenas a política internacional, mas também a Economia e a questão energética.
A propósito da questão económica, McCain sente ainda mais a necessidade de se distinguir de Bush, pois se a taxa global de não aprovação deste Presidente é 68%, quando a matéria é a Economia, apenas 16% dos americanos aprovam o que tem vindo ser feito nos últimos 8 anos. Por esse motivo, uma vez mais, McCain referiu que existem diferenças, no que diz respeito ao gasto excessivo e às alterações climáticas.
O candidato republicano diz que é necessária acção e colaboração e deve dizer-se a verdade às pessoas, mas não assustá-las (neste aspecto os 2 candidatos dizem a mesma coisa, o que não quer dizer que o façam na Casa Branca: deve-se sempre dizer a verdade, ou não responder a questões, para não ter de mentir; McCain diz mesmo que quando não se diz a verdade, paga-se o preço e dá o exemplo de Roosevelt, que “falou sempre a verdade, através da rádio”).
Segundo McCain, esta é a pior crise desde a II Guerra Mundial, apesar disso, o candidato repete que o fundamento da economia americana (o trabalhador americano) continua forte e dedicado. Uma tentativa de demonstrar que afinal não se teria enganado, quando proferiu a “célebre” frase…
Segundo McCain é importante aumentar a transparência.
Segundo os analistas esta suspensão da campanha é um “teatro”; não é genuína e pretende ser recompensada pelo voto popular, para dar a ideia que se pôs o país primeiro.

CBS: Sarah Palin


Sarah Palin concedeu uma entrevista à CBS. Durante a entrevista foram discutidos vários aspectos relacionados com a Economia (onde houve quase uma comparação com a “Grande Depressão”, de 1929) e com os Assuntos Estrangeiros. Palin falou sobre a sua visão dos terroristas e a necessidade da Diplomacia.

Na sua 3.ª entrevista televisiva, Palin não esteve tão à-vontade nalgumas questões. Por vezes circundava a questão e dizia um pouco aquilo que já sabemos: que pretende reformar Washington.
A Economia está a liderar a actualidade e não é pelos melhores motivos. Segundo Palin, apesar de as sondagens demonstrarem o oposto, os americanos estão de olhos postos em McCain, uma vez que é este candidato que fala de soluções. O interessante é verificar que McCain tem sido criticado precisamente por não apresentar soluções.
Para ultrapassar a crise, será necessário esforço e a colaboração do Congresso, além de fazer uma reforma em Wall Street.
A candidata à Vice-presidência tem a noção que o Mundo é influenciado por esta crise nos EUA e, por isso, diz que se deve agir, ao invés de “fazer política, como o costume”.
A propósito do plano para salvar as empresas que quase faliram, se não fosse a intervenção estatal, Sarah Palin disse que defendia a ajuda a essas companhias, uma vez isso permitiria às pessoas manterem os seus empregos.
Convém não esquecer que esta semana foi uma semana de relações internacionais, para a candidata. Também por esse motivo, o tema não poderia ficar esquecido. Palin considera que os EUA são a “força do Bem” no Mundo. Parece uma maneira um tanto ou quanto cinematográfica de definir a realidade humana: é quase ficção; há os que são “bons” e os que são “maus”.
Nesta entrevista também se falou de questões polémicas, motivadas por anteriores intervenções de Palin. O caso do passaporte foi um deles e a resposta foi quase uma lição de vida: Sarah Palin trabalhou durante toda a vida, tendo tido até 2 empregos, antes de ser “mayor” de Wasilla. Por isso, “viajava através dos livros e da Educação”.
A outra questão foi a proximidade da Rússia: como é que essa proximidade transmite mais experiência em política externa? O Alasca é um território que faz fronteira com o Canadá, por via terrestre e com a Rússia, por via marítima. Essa proximidade gera missões e parcerias, entre estes territórios, com alguns interesses comuns, afirmou Palin.
A propósito da conversa com o presidente Karzai, do Afeganistão, Palin referiu que os EUA não podem perder a guerra nem nesse território, nem no Iraque. E, em colaboração com o Paquistão, apesar da impopularidade dos EUA nesse país, deve haver uma luta contra os terroristas. Segundo Palin, esta guerra é contra o terrorismo e manifesta-se na defesa de valores, como a Democracia, liberdade, direitos das mulheres e tolerância e protecção das pessoas.
Quanto à possibilidade de conversações com o sírio Assad ou com o iraniano Ahmadinejad, Palin atacou Obama, dizendo que deve haver condições prévias de conversações. É esse um dos aspectos da Diplomacia.
Katie, a jornalista que fez esta entrevista a Sarah Palin disse que considerou que a candidata estava calma e confiante, apesar de haver alguns assuntos que ainda não dominava, por ter sido até então, Governadora.


A entrevista pode ser vista aqui e aqui.

quinta-feira, 25 de setembro de 2008

Acordo

Christopher Dodd anunciou que os Democratas e os Republicanos chegaram a acordo, quanto à resolução do problema económico. O plano de Bush irá avançar. Apesar de ser arriscado, na medida em que se trata de dinheiro dos contribuintes para comprar "lixo tóxico" das empresas, a verdade é que esta solução difícil é melhor do que ficar de braços cruzados a ver a Economia a afundar-se.
UPDATE: Carlos Santos (do valor das ideias) advirtiu-me que, de facto, não se tinha chegado a acordo nenhum.
Obama referiu que o encontro não havia sido tão positivo, quanto poderia ter sido. Uma vez mais, disse que o que McCain deveria fazer era comparecer no debate de hoje à noite, sobre política externa, ainda que o assunto que mais interesse os americanos seja a economia.
McCain continua com o discurso maquilhado do "Country First".

McCain suspende a campanha

Ontem, McCain anunciou que iria suspender a sua campanha eleitoral. Na sua mensagem referiu que iria debater o problema da Economia. Segundo McCain, as consequências desta crise poderão ser “devastadoras” para os americanos, aos quais poderá faltar dinheiro “para comprar uma casa e, até, para pagar aos funcionários que trabalhem para um negócio de família". Parece que McCain se terá apercebido que a Economia está mesmo crise, possivelmente numa recessão, como o próprio já admitiu e que, por isso, é necessário tornar remodelar os fundamentos da economia.
McCain convidou Obama a juntar-se-lhe, ao suspender a campanha.
Ambos os candidatos encontraram-se com Bush e elementos do Congresso, na Casa Branca, às 21 horas portuguesas.
Segundo McCain, é necessário que ambos os partidos discutam este problema, de forma a demonstrar que Washington é capaz de resolver o problema.
É a primeira vez, desde 1980, que um candidato suspende a campanha. Nesse ano, Carter suspendeu as primárias.
Segundo os analistas, esta estratégia poderá dar um significado ao slogan da campanha “Country First”, mas apresenta um contra que é a possibilidade de afastar Palin da ribalta (seria uma "fuga" à imprensa de Palin, parte II).
No entanto, pensa-se que o frente-a-frente agendado para amanhã (Obama-McCain) irá mesmo para a frente. Se não fosse, seria McCain a ficar mal visto.


Encontro de Palin com Chefes de Estado

Sarah Palin encontrou-se com os líderes de alguns países, como o Afeganistão ou o Uribe. Estes encontros surgiram aquando do encontro dos diversos chefes de Estado, durante a reunião da abertura da Assembleia-geral das Nações Unidas.
A imprensa não teve acesso ao encontro de Palin com os diversos chefes de Estado, mas, de acordo com os assessores (que, certamente, não transmitem informações isentas) Palin terá feito as questões correctas. Com o Presidente do Afeganistão terá discutido a questão da segurança.
Terá tido também tempo para falar com um secretário de estado de assuntos estrangeiros. Aí os assuntos estiveram relacionados que ver com a problemática da Geórgia e com a Rússia.
Estes encontros têm sido criticados, pois não se pode afirmar que Palin se tenha tornado uma “expert” em Política Externa, apenas por os ter realizado. Há quem acuse a campanha de McCain de “dar espectáculo”. A resposta dos republicanos é simples e vem no seguimento do slogan de campanha, ”Country First”. Trata-se da consciencialização de Palin para as tarefas que a Vice-presidência envolve. Contudo, sem dúvida, que esta é, também, uma maneira de Palin se prepara para o debate com Biden. Assim, na seu raciocínio, poderá utilizar argumentos de apelo à “autoridade”, ou seja, poderá dizer “Well, when I talked with President Karzai, we discussed that
problem …”.

Sugiro a visualização deste vídeo da CBSnews.

terça-feira, 23 de setembro de 2008

Bill Clinton elogia Palin e diz que Hillary seria melhor que Biden


Bill Clinton afirmou que a campanha democrata não devia estar a atacar Sarah Palin. Ele referiu que percebe o motivo pelo qual as pessoas se sentem atraídas por Palin: ela é uma mulher com 5 filhos, sendo que uma delas está grávida e, mesmo assim, ela não se sente envergonhada, estando feliz com o casamento da filha. Clinton elogia também o facto de Palin ter tido o filho com Síndrome de Down.
No final, Clinton diz que a escolha de Palin foi uma boa escolha de McCain.
Finalmente, conclui dizendo que Obama deveria ter escolhido Hillary Clinton como VP, devido ao apoio que ela tem no país.
Será que estes elogios a Palin são para tentar evitar que apoiantes de Hillary Clinton apoiem Obama? Assim, McCain ganharia e Hillary Clinton poderia sonhar com a Casa Branca em 2012, com 64 anos.

Entrevista de Obama ao "60 minutes"

Clicando na inagem, segue para a entrevista de Obama à CBS.

Na sua entrevista à CBS, Obama falou inevitavelmente da Economia, distanciou-se de McCain e falou sobre os seus anúncios publicitários. Deu a conhecer os números que o seu programa de investimentos públicos propõe e disse que caso não ganhe as eleições não será por causa do racismo, pois acredita que os americanos conseguem analisar as propostas dos candidatos e não apenas a cor da pele. Referiu, contudo, que do mesmo modo que, provavelmente, alguns não votarão nele, por ser negro, outros votarão nele por sê-lo.

A propósito da crise de Wall Street, Obama afirma que a responsabilidade é da falta de regulação. Diz que muitos investidores correm muitos riscos e, iniciando um ataque a McCain, refere que se eliminaram as regras, ao invés de serem alteradas. Conclui, dizendo que McCain é desregulador. De acordo com o candidato democrata, os americanos não devem sofrer as consequências das más decisões de Wall Street. Por isso, à semelhança do que McCain dissera anteriormente, Obama pensa que a América vive uma situação de recessão económica. Obama não sabe se o pior da crise já passou ou estará, ainda, para vir.
Entretanto, o jornalista questiona Obama sobre os anúncios publicitários e a mudança do seu discurso. Este defende-se, ao referir que o que mudou foi a proximidade da eleição (estamos a um mês e meio de sabermos quem será o próximo Presidente dos EUA), bem como os ataques republicanos, nos anúncios de televisão e polémicas, do género “lipstick on a pig”.
Comentando a escolha de McCain para a Vice-presidência, Obama diz que Palin é inexperiente, no entanto veio trazer mais energia e vitalidade à campanha do adversário.
Apesar da fraca experiência executiva que possui, o candidato democrata diz possuir uma característica que faria dele um bom presidente: a capacidade de aceitar diferentes ideias e de conseguir chegar a consensos. Segundo diz isso acabaria com muitos erros que têm vindo a ser cometidos, desde 2000.
Como prioridades governamentais, afirma que tem acabar com a Guerra no Iraque e enviar tropas para o Afeganistão. Além disso, pretende estabilizar os mercados financeiros e apostar na saúde e na energia. Obama conclui, para o reforço das suas ideias, dizendo que se fosse apenas um orador não teria chegado onde estava.
Em termos de investimento público, Obama prevê gastar 60 mil milhões de dólares em infra-estruturas e investimento para emprego; 150 mil milhões, para a energia (plano das energias “amigas do ambiente”) e outros tantos para a saúde.
Obama remata, ainda, a crítica de McCain, segundo o qual ele seria um gastador. Obama diz que 95% dos americanos pagariam menos impostos, com excepção dos mais ricos, que pagariam mais. Com este dinheiro que as famílias poderiam poupar, de acordo com o democrata, as famílias poderiam investir e criar negócios, ajudando a economia. Quanto ao problema do défice, Obama admite que, caso seja Presidente, no final dos 4 anos ainda haverá um défice orçamental, mas será mais baixo.
Finalmente, na questão iraquiana, o candidato defende que McCain disse que a guerra no Iraque seria fácil. Não foi, por isso McCain esteve sempre errado, logo agora também está. Apesar disso, Obama concorda com McCain quanto à necessidade de evitar que alguns países adquiram armas nucleares (caso do Irão), referindo que fará tudo quanto possível, incluindo uma invasão militar, para o evitar.

Em que é que McCain difere de Bush?


Na mesma entrevista, McCain sentiu necessidade de se distanciar de Bush. Convém não esquecer que 68% dos americanos considera que a Administração Bush foi incompetente.
Deste modo, McCain diz que não será gastador, a sua conduta no Iraque será diferente, a visão das alterações climáticas será assertiva (note-se que Bush “rasgou” o protocolo de Quioto assinado pelo seu antecessor, Clinton), o tratamento dos prisioneiros será mais humano (o próprio McCain já foi prisioneiro e, em seu entender, foi abençoado porque quando só pedia mais um minuto de vida, Deus concedeu-lhe a resto da vida) e ainda discordam relativamente à Comissão do 11 de Setembro.
Contudo, o seu distanciamento de Bush não é total, nem podia ser, pois Bush é do mesmo partido e McCain precisa de alguns votos evangélicos que deram a vitória a Bush. Assim, McCain diz que Bush é boa pessoa, mas exerceu uma política de gasto excessivo (o défice ronda os 400 mil milhões de dólares). Apesar disso, McCain atribui nota positiva à Administração Bush na Defesa Nacional, porque a América não sofreu nenhum ataque terrorista desde o 11 de Setembro de 2001.

Entrevista de McCain ao "60 minutes"

Cicando na imagem, segue para a entrevista de McCain à CBS.

O programa jornalístico da CBS, “60 minutes”, entrevistou os 2 candidatos à Casa Branca.
Na entrevista com McCain, foram discutidos assuntos importantes para os americanos, com a inevitável questão económica e a guerra no Iraque; foi feita uma análise à Administração Bush (que será analisada num outro post); e ainda houve tempo de McCain defender Palin na questão da NATO e da Geórgia. Durante a entrevista, McCain dirige-se aos eleitores, explicitando o que o distingue de Obama.


Começando pela Economia, McCain sublinha o que se tem referido há algum tempo, desde a crise de Wall Street. O Mundo está a passar por momentos difíceis. No entender de McCain, é preciso chegar à raiz do problema. E, o problema começa com a falta de confiança dos americanos, em parte devido a Wall Street. Assim, conclui McCain, o contrato entre o capitalismo e os americanos foi quebrado. Em última instância, isto deve-se à corrupção. Neste contexto, começam algumas críticas a Bush, embora moderadas. É importante não esquecer que McCain se precisa de afastar a ideia da continuidade de uma terceira Administração Bush caso ganhe as eleições, numa altura em que 68% dos americanos não aprovam a anterior Administração. Assim, McCain reafirma, uma vez mais, que Chris Cox deveria fazer as malas” da “Secutirities and Exchange Commission”. No seu lugar, McCain proporia a entrada de um democrata, que fez parte da Administração Clinton: Andrew Cuomo. Não é de estranhar que McCain proponha um nome democrata, uma vez que o próprio já referiu que, apesar de haver alguns assuntos, em que não partilha da visão de Obama, o país e o Mundo enfrentam questões apartidárias. McCain elogia Cuomo, referindo que o seu trabalho com Clinton foi bom (“He did a good job.”).
Relativamente às diferenças que existem entre McCain e Obama, o candidato republicano diz que defende uma baixa de impostos para toda a população (no caso de Obama, a diminuição dos impostos visa a classe média e não os mais ricos, que verão a sua contribuição para o Estado ser agravada).
Todavia, surge imediatamente uma questão: Se o défice se encontra nos 400 mil milhões de dólares, será “sensato” diminuir os impostos? Como é que se faz para poupar dinheiro? McCain responde que se devem eliminar agências governamentais, incluindo alguns sectores da defesa, que não são, no entender do republicano, necessários.
Além disso, McCain acusa Obama de vir a desenvolver uma política de gasto excessivo. A retirada das tropas do Iraque, apontada por Obama, é igualmente criticada. McCain diz que “Isso levaria ao caos”, numa altura em que ainda não se sabe até que ponto estarão controlados a violência e outros problemas relacionados, também, com a invasão do Iraque. Ainda relacionado com assuntos bélicos, McCain defende o envio de 12 000 tropas para o Afeganistão.
Nesta entrevista McCain falou de Palin. Disse que, sendo Governadora, ela percebia de economia; tinha diminuído os impostos no Alasca. Apesar de se ter encontrado com ela poucas vezes antes de a ter convidado, diz ter seguido a sua carreira e afirma que a sua escolha foi o melhor para o país. Quando o jornalista questiona McCain sobre a possibilidade de Palin vir a ser Presidente, se lhe acontecer algo, McCain diz que ela está preparada.
A propósito da desproporção de entrevistas a que Biden acedeu, quando comparado com Palin (89 contra 2), McCain diz que Palin irá dar mais entrevistas e fala do entusiasmo da população que a recebeu.
Quanto à polémica questão da entrada da Geórgia e da Ucrânia para a NATO, McCain mostra-se a favor e reafirma o Palin disse: caso a Geórgia pertencesse à NATO e pedisse ajuda, seria obrigação dos aliados actuar. McCain, no entanto, para evitar polémicas, afirma que esta declaração não é uma declaração de guerra. Estamos no campo do hipotético.
Sobre a “guerra preventiva”, o candidato afirma que é “óbvio” que se tivesse informação credível, com absoluta certeza, que um país se preparava para atacar os EUA, embarcaria numa jornada bélica.

domingo, 21 de setembro de 2008

Is change coming to Portugal?


Deu-se o comício do PS. Já se começa a pensar em campanha eleitoral e é preciso continuar o constante auto-elogio do governo (o que seria de nós sem Sócrates?) e a oposição à oposição.
Primeiramente, entra a Ministra da Educação. Aquela que está a fazer tão mal à Educação, quanto possível. A sua única eventual desculpa é que (e eu acredito nisso) a Dra. Maria de Lurdes Rodrigues está totalmente convencida que está a fazer tudo bem. A verdade é que a Educação está cada vez pior. Os programas/currículos são desadequados. Como é que no 10.º ano de Português se estudam cartas, declarações e requerimentos, enquanto que textos propriamente literários apenas se leccionem alguns textos poéticos e contos do século XX. Camões lírico é quase opcional e, se se dá, não são analisados mais de 2 ou 3 poemas. Os cursos profissionais estão presentes a toda a força, mas o rigor de muitos destes cursos ficam-se bastante abaixo do desejável.
Chega o Presidente da RA dos Açores. Diz que o “PCP e o BE já não escondem que gostariam de ver um governo PSD”. É possível que o tenham dito, eu não me lembro é quando, nem onde… Talvez tenha sido porque, enquanto na oposição o PS tenha votado contra muitas medidas, por exemplo o Código do Trabalho e, agora na governação, altere essas mesmas medidas tornando-as mais “rigorosas”. Não digo que muitas não sejam necessárias, mas existe incoerência. Por isso, quando o secretário-geral diz que o PS não tem vergonha de ser visto com o povo é que eu percebo que é por esse motivo que as maternidades e as escolas fecham. Isto é, é para que a população se desloque para os grandes centros urbanos, para ficar junto ao PS. Continua, posteriormente, a oposição à oposição, dizendo que a oposição “não fala, mas então que escute”. Claro que a oposição escuta. Tem de escutar, para poder exercer uma reflexão sobre as medidas propostas e apresentar melhores e possíveis alterações. Quando se fala sem conhecimento de causa, as coisas saem sempre mal. José Sócrates critica, ainda, a sugestão de Marques Mendes de fazer um investimento de risco (na Bolsa), para as reformas e para manter a sustentabilidade da Segurança Social. Não sei se o projecto ainda continua, mas sem dúvida que o momento da queda das bolsas foi bem aproveitado.
Finalmente, a parte que eu mais gostei. Inspirado na campanha americana, principalmente em Obama, diz-se que o slogan da campanha legislativa do PS para 2009 será “A força da mudança”. A força da mudança? Mas Sócrates disse que o rumo da ia continuar. Mas afinal continua-se ou muda-se? As pessoas ficam confusas…
A imagem foi retirada da peça da RTP.


Esta peça é da autoria da RTP. A parte do slogan vem mesmo no final da notícia.

sábado, 20 de setembro de 2008

Sarah Palin vai encontrar-se com o Presidente Afegão, Hamid Karzai


Sarah Palin vai encontrar-se com o Presidente Afegão Hamid Karzai, em Nova Iorque. O encontro ocorrerá durante o encontro de abertura da Assembleia Geral das Nações Unidas.
Trata-se de uma maneira da campanha de McCain preparar Palin e, ao mesmo tempo, evitar críticas vindas de Democratas, ou mesmo de Republicanos, como Hagel.
Entretanto Sarah Palin disse que se o ticket McCain-Palin for eleito, ela estará preparada.
No caso concreto dos assuntos internacionais, é óbvio que Palin não está preparada. Nunca teve de lidar com líderes estrangeiros e, quando se ausentou do país, apenas foi ao Canadá, Alemanha, Kuwait e pisou a fronteira iraquiana.
Provavelmente neste encontro Palin não terá de discutir assuntos importantes, mas poderá conhecer Karzai.

Nota: Conferir este post da CNN.

The Political Week, For Laughs - CBS

Este vídeo é da autoria da CBSnews.

Recessão?

Em entrevista ao "60 minutes", da CBS, Barack Obama e John McCain dizem que pensam que a América está em recessão. Acrescem que os americanos há muito que sentem estas dificuldades, com o aumento do preço do barril de petróleo e do preço dos medicamentos.
McCain diz ainda que não interessa aos americanos o termo técnico; interessam-lhes as suas dificuldades. Eu penso que se deve dizer, obviamente, o termo técnico. Não há que ter medo das palavras. Se quando se cresce economicamente também se diz, não há motivos para "circular" a realidade, quando não se está bem economicamente. Quanto às dificuldades económicas, devem ser resolvidas, através de um rigoroso plano governamental.
Agora, cada candidato quer passar a mensagem que é mais habilitado que o outro em matéria económica. Para isso ajudam também os anúncios publicitários.

sexta-feira, 19 de setembro de 2008

Obama vítima de Racismo



Um dos assuntos que foi falado na campanha eleitoral teve que ver com a questão do racismo. De facto, poderia haver quem não gostasse de ter um presidente Afro-Americano. Isto acontece porque Obama, caso for eleito Presidente dos EUA será o 1.º Presidente Afro-Americano. A verdade é que existem, por vezes, 2 extremos. Temos quem esteja desejoso de ver um presidente afro-americano (talvez por isso Oprah Winfrey tenha apoiado Obama) e, inversamente, também há quem queira que Obama não seja eleito presidente, por questões raciais. Há pouco tempo descobriu-se que havia uma tentativa de assassinato, embora a polícia tenha dito que a segurança de Obama nunca esteve em causa. E, de tal modo que conseguiram descobrir esse objectivo desse grupo racista. Por algum motivo a segurança de Obama está confiada aos Serviços Secretos, desde que este apresentou a candidatura à Casa Branca, nas primárias, enquanto que a de John McCain foi apenas confiada aos mesmo serviços, após se ter a certeza que seria ele a representar o Partido Republicano nestas eleições.Todavia, continuam a existir pessoas que partilham de ideologias, que nos fazem pensar que estamos na altura dos descobrimentos, em que os novos seres humanos descobertos eram indubitavelmente maus e não civilizados. Os europeus é que eram grandes por lhes levarem a cultura (e claro está os escravizarem, em prol de enriquecerem).
Adiante, estas pessoas “cegas” que só conseguem ver a cor de pele dos candidatos não desejam ter um presidente afro-americano e, por isso, surgem actos de racismo. Ocorreu uma vandalização de um painel publicitário, em Ann Arbor, Michigan. O(s) indivíduo(s) que o fizeram, com graffiti, desenharam a cruz suástica (símbolo nazi) e escreveram palavras ofensivas, além de fazerem referência ao kukuzklan. A meu ver, estas acções só poderão ter o resultado inverso ao esperado: a solidariedade de mais pessoas à candidatura de Obama. É triste que numas eleições, ao invés de se discutirem os problemas e as possíveis soluções, haja pessoas que votem para que um afro-americano não seja eleito presidente, não interessando as suas possíveis sugestões para um país e mundo melhores.

As imagens foram retiradas do site da CBS.

Afinal a lei já existia

A falta de experiência de Sarah Palin foi criticada por Chuch Hagel, um antigo republicano que, apesar de ser amigo de McCain, afastou-se um pouco do partido, após a invasão do Iraque. Hagel faz parte da Comissão de Assuntos Estrangeiros e criticou o facto de Palin ter pedido um passaporte norte-americano apenas no ano passado, referindo que esta não tinha suficiente experiência em questões internacionais. Palin argumentou que o facto de o Alasca estar próximo da Rússia dava-lhe algumas noções de relações internacionais. Hagel considerou essa afirmação uma ofensa aos norte-americanos. Devo dizer que esta crítica a um possível VP é muito importante, pois vem de um republicano. Contudo, pode ser "minimizada", pelo facto de McCain ser "expert" em assuntos internacionais. Assim, as eventuais críticas deverão apontar os pontos fracos de McCain e de Palin.
Entretanto, uma das ideias muito difundidas pela campanha de McCain é que a corrupção vai acabar em Washington, até porque Palin foi uma reformista no Alasca (apesar disso, Palin recusou-se a prestar mais esclarecimentos sobre o caso do cunhado no Alasca). A propósito de transparência, Palin referiu que iria fazer em Washington, como no Alasca: iriram disponibilizar um "checkbook" online, para que as pessoas conseguissem ver como ia o seu dinheiro.

«We’re going to do a few new things also. For instance, as Alaska’s governor, I put the government’s checkbook online so that people can see where their money’s going. We’ll bring that kind of transparency, that responsibility, and accountability back. We’re going to bring that back to D.C.» Sarah Palin.

Mas, já existe essa lei em Washington DC. Foi feita por uma equipa de Barack Obama e do republicano Tom Coburn. A lei é conhecida como o "Google do Governo". O site é o USASpending.gov .
Contudo, eu acredito nas boas intenções de Sarah Palin. Acredito que Palin possivelmente desejará reformar Washington. Devo, todavia, dizer que não basta, neste momento, ter boas intenções. Por isso, penso que Palin ainda terá de desenvolver algumas aptidões que, no futuro, lhe possibilitarão ambicionar ser candidata do partido republicano à Casa Branca. Para isso, é fundamental que, nestas eleições, Palin consiga absorver todos os conhecimentos possíveis
Informação retirada
daqui e daqui (CNN). Esta notícia da CNN é igualmente interessante.

quinta-feira, 18 de setembro de 2008

Obama segue à frente nas sondagens


Desde o final da Convenção Republicana e com o anúncio de Sarah Palin como VP de McCain, caso seja eleito Presidente, que houve um maior entusiasmo na campanha eleitoral. Por um lado, os apoiantes de McCain uniram-se e os conservadores mais cépticos na nomeação de McCain, ao conhecerem a personalidade/valores defendidos pela Governadora do Alasca, empenharam-se mais, de tal modo que McCain subiu nas sondagens, ultrapassando Obama. Por outro lado, houve um maior envolvimento dos democratas, pois Obama conseguiu num só mês 66 milhões de dólares de contribuições.
No entanto, este “tempo dourado” para McCain não dura eternamente (ou, como desejaria McCain, pelo menos, até 4 de Novembro), mesmo após algumas polémicas/tentativas de confundir o eleitorado como o “lipstick on a pig”, ou mais recentemente as “push polls”, ou a invasão ao correio electrónico de Palin.
A propósito das “push polls” é importante referir que, se uma pessoa não estiver atenta poderá ser enganada. Trata-se do género de uma sondagem. Alguém liga para casa de um pessoa que possui uma determinada característica, por exemplo, ultimamente tem sido para casa de judeus. Fazem perguntas normais das sondagens e, entre essas perguntas existem outras que têm o objectivo de confundir as pessoas. No caso recente alegadamente ter-se-á questionado se as pessoas (no caso o grupo-alvo foi, como referi, os judeus) votariam em Obama, sabendo que ele tem relações com o Hammas). Trata-se, evidentemente, de campanha negativa e imoral, onde o “vale tudo” é levado ao extremo.
Mas, voltando às sondagens “reais”, Sarah Palin é uma mulher sem experiência, mesmo que diga que “está pronta para servir o país”. Na verdade, no caso de Palin ter de substituir McCain, nas funções de Presidente, apenas 33% dos americanos ficariam descansados, enquanto que 62% dos americanos acreditam que Palin não teria capacidade de substituir McCain.
Esta sondagem apresenta-nos, também, outros dados curiosos. Numa altura em que já se percebeu que é a Economia que vai guiar os americanos no seu voto, chega-se à conclusão que a maioria se sente mais segura com Obama. Com efeito, 62% dos americanos acreditam que Obama daria melhor conta do recado. Apesar de esta não ser a área forte de McCain, 29% dos americanos (um valor bastante abaixo do de Obama) acredita que McCain teria uma política económica mais eficaz que Obama. Talvez por esse número ser tão reduzido, McCain fez um novo anúncio publicitário, em que o tema é a Economia. Nesse anúncio McCain fala directamente com o espectador, dizendo que ele é que poderá reformar Wall Street e Washington.
Barack Obama diz que McCain já esteve muito tempo no Senado e não mudou nada. Além disso, trabalha com lobbies na sua campanha, logo não seria coerente atacá-los, estando eles a trabalhar para si.

O vídeo da CBS foi retirado do seu site.



Anúncio de McCain:

quarta-feira, 17 de setembro de 2008

Reserva Federal Norte Americana salva AIG

A situação ecónomica americana está a passar por períodos convulsos. Num único mês, a Reserva Federal Norte Americana "salvou" da falência as 2 maiores empresas ligadas com o crédito habitação, a Freddie Mac e a Fannie Mae e ainda uma das maiores seguradoras, a AIG. Neste último caso, a injecção de capital foi de 85 mil milhões de dólares. A empresa não falirá, mas 80% passarão a ser controlados pelo Estado norte americano. Tem-se dito que a AIG é uma empresa muito grande para falir, daí a interferência estatal. A verdade é que a AIG não só é responsável por muitos seguros de americanos, como também por empregos que tendem a ser cada vez menos nos EUA. Já num post anterior havia referido que o número de desempregados americanos ronda os 9 milhões.
Relativamente a estas injecções de dinheiro da Reserva Federal, surge uma questão: "Será que existem recursos ilimitados para evitar a falência destas grandes companhias?". 85 mil milhões de dólares é muito dinheiro, contudo provavelmente o resultado da falência da AIG seria catátrofico.
Há quem pense que este é um investimento do Estado, pois passa a controlar os ditos 80% da companhia e, eventualmente, poderá criar alguma confiança nos investidores. Pense-se no impacto que seria a falência de uma empresa da dimensão da AIG nos EUA.
Entretanto já se percebeu que é definitivamente a Economia que interessa aos americanos, neste momento. Interessa, portanto, perceber quais são as respostas dos 2 principais candidatos à Casa Branca. Aqui há algum tempo atrás, antes desta "traição de Wall Street", McCain defendia uma menor regulamentação financeira. Agora, não poderá difundir mais essa opinião...
Já Obama (ver post sobre Joe Biden), numa manobra eleitoralista diz que McCain é igual a Bush e, verdade seja dita, o "ponto fraco" de McCain é precisamente a maior precupação dos americanos neste momento, a Economia. Neste contexto, Obama defende que deve haver uma maior regulamentação, analisando o risco que as companhias correm. É um apelo à transparência. O grande objectivo de Obama é restaurar a confiança dos consumidores, mas, para isso primeiramente ter-se-á de passar por "tough times" e, só depois a economia poderá melhorar.
A única eventual boa notícia é que o preço do petróleo por barril está a dimninuir, muito embora devido ao abrandamento da economia mundial.

Este vídeo foi retirado do site da CBS.

Recomendo este artigo sobre este assunto e estoutro.

terça-feira, 16 de setembro de 2008

Algumas "inverdades" dos candidatos...

A CBS fez um vídeo excelente sobre algumas promessas eleitorais e a análise feita pelo candidato do partido oposto a essas mesmas promessas. Desta vez, falamos de medidas/factos concretos, deixando de lado algumas polémicas com os anúncios publicitários.


Reacção de Joe Biden à Situação Económica

Joe Biden, comentando a actual situação económica, disse que os americanos foram "traídos" pela Administração Bush, com a falta de regulamentação.
Quando questionado sobre medidas concretas que uma possível Administração Obama pretende tomar, o candidato referiu a diminuição dos impostos e o investimento em infra-estruturas, lutando contra o regime de gasto excessivo da anterior administração. Só na guerra no Iraque, gastaram-se milhões e milhões de dólares.
No final, deixando um "apelo" aos indecisos e respondendo à questão da jornalista, Biden responde que os americanos podem confiar em Obama, pois McCain seria igual a Bush: "Take a look of the last 8 years...". Uma vez mais, "We need CHANGE": é esse mesmo o lema da campanha.

O vídeo foi retirado do site da CBS.

"Black Monday"

A passada 2.ª feira foi "negra". A analogia com a 5.ª feira de Outubro de 1929 foi feita após a falência do "Lehman Brothers" e a venda do "Merrill Lynch" ao "Bank of America".
A Bolsa caiu 500 pontos e causou os receios de investidores. Em baixo encontra-se uma peça da CBS, onde se ouvem analistas a aconselhar as pessoas a manterem o dinheiro nos bancos.
Neste momento, a economia tornou-se a principal preocupação dos americanos e, por isso, uma qualquer gaffe não é perdoada. John McCain, a propósto do sucedido disse que os "fundamentos (bases) da economia americana continuavam fortes". Esta frase foi proferida para "acalmar" os americanos, pois o Senador referiu que tinha confiança no empenho dos americanos para ultrapassar a crise. A verdade é que, como o próprio admitira anteriormente, a Economia não é o assunto onde McCain está mais à-vontade. De facto, toda a campanha de McCain se tem virado para a política externa e o sentimento de segurança que uma eventual Administração McCain poderia oferecer. Contudo, o que preocupa os americanos é a economia e, de acordo com os estudos estatísticos, os americanos tendem a confiar mais em Obama em matéria económica.
Além disso, esta afirmação não é, de todo, bem vista, uma vez que revela falta de tacto para lidar com uma situação que aflige muitos americanos neste momento. Creio que o número de desempregados na America ronda os 9 milhões.
Relembro apenas que McCain no seu discurso de aceitação da nomeação republicana à Casa Branca pouco falou da questão económica.
Once again, "It's the economy, stupid!", citando Clinton na campanha de 1992.

Aqui uma analista económica fala sobre a situação, acalmando as pessoas e dizendo que tudo se vai resolver.

segunda-feira, 15 de setembro de 2008

Críticas a Palin


Sarah Palin é uma mulher conservadora que, nos últimos tempos, tem sido muito criticada, quer pelas suas posições, quer por alegadas “faltas” na sua carreira política, como sejam a falta de experiência em política externa, ou, mais recentemente, a integração de colegas de escola no seu gabinete, quando “mayor” de Wasilla.
Diz-se que a inclusão de um amigo de escola num elevado posto agrícola teve que ver com “o amor pelas vacas” demonstrado pelo mesmo. Ora, trata-se de um texto jornalístico, com certas fontes que na reportagem em baixo da CBS não são identificadas. O importante para a inclusão de qualquer pessoa em qualquer cargo é a sua competência. Penso que provavelmente (e neste momento estou no domínio especulativo) que o amigo de Palin terá tido alguma formação que o habilitasse para o cargo.
O que está a acontecer a Sarah Palin é um pouco o que acontece às pessoas quando são novas, ou seja, quando antes ninguém havia ouvido falar delas. Pretende-se, também, encontrar pontos fracos numa pessoa que foi sempre apresentada como sendo rigorosa e com espírito reformista. Obviamente que, dado que somos humanos, erramos, apresentamos falhas. Por vezes, até, o espírito reformista nem sempre é bem visto, por aqueles que se opõem a uma mudança. Não estou com isto a dizer que apoio McCain/Palin, até porque, sinceramente, não sei quem estará melhor preparado para o cargo (apesar de estar convicto da vitória de Obama), mas antes a tentar reflectir sobre a “necessidade” que existe de criticar constantemente Palin. Muitas das críticas feitas não são tanto contra as suas posições, mas (como se chama em filosofia) “Ad Hominem” (“Contra o Homem”, no caso a Mulher). Um exemplo disso foi a crítica feita pelo facto de a sua filha adolescente estar grávida.
Existem, também, críticas de outras pessoas que, demonstrando o seu apoio a Obama, a meu ver, contribuem para descredibilizar o candidato.
Lindsay Lohan escreve no seu blog que apoia a candidatura de Obama e critica Palin por ser contra a homossexualidade (Lohan é lésbica), o sexo antes do casamento, etc. Esta actriz pode ser considerada uma “celebridade” que apoia McCain. No entanto, nos comentários do seu blog há pessoas que a atacam por falta de credibilidade, lembrando que a actriz já esteve em reabilitação.
O curioso é que no final do texto de Lohan existe uma imagem de um porta-chaves de Obama. O autor é "Barack Hussein Obama", uma alusão, muitas vezes utilizada subtilmente pelos republicanos, ao nome invulgar de Obama, comparando-o com o de pessoas que poderão pôr em causa a segurança do país.
Honestamente, penso que Lohan nada tem a acrescentar às críticas a Palin. A sua popularidade é que poderá aumentar. Às vezes, quanto mais atacada uma pessoa é mais solidárias ficam as restantes pessoas em relação a essa. Uma prova disso mesmo é o facto de Obama ter conseguido angariar 66 milhões de dólares em Agosto, ultrapassando o anterior recorde de 55 milhões. Durante esse mês McCain “aprovou” muitos anúncios considerados “campanha negativa” contra o candidato democrata.

O vídeo "Palin Back on Campaign Trail" é da CBS e foi retirado do seu site.

domingo, 14 de setembro de 2008

Ike

Aquando do Katrina, Bush não estava em campanha eleitoral, estava no Texas e foi muito criticado por não ter interrompido as suas férias para cumprir com a sua responsabilidade de Presidente e tomar medidas de auxílio às vítimas.
Agora, Obama e McCain, com o furacão Ike, nas suas homepages da campanha eleitoral pedem contribuições para ajuda aos que, de alguma forma, foram prejudicados pelo Ike.
Estamos em campanha eleitoral e estas acções, genuínas ou não, serão, certamente, bem vistas.
Esperemos que, qualquer um dos dois quando for eleito Presidente da maior potência actual mundial saiba lidar com estas situações no auxílio ao povo americano.
"With the great power, comes the great responsibility...".





















NOTA: As imagens são hiperligações para as homepages dos candidatos.

sábado, 13 de setembro de 2008

Anúncios Negativos

Há já algum tempo atrás coloquei aqui uns anúncios da campanha eleitoral. Os anúncios então colocados estão já ultrapassados na campanha. Entretanto têm surgido novos anúncios, principalmente da campanha de McCain.
Num post anterior, vemos que a apresentadora do "The View" pergunta a McCain, sobre os anúncios: "Do you really approve them [the messages in the ads]?". Isto porque se considera que o que é dito não corresponde à verdade. Muitas vezes trata-se de citações de discursos, completamente descontextualizadas. Numa primeira fase, se não prestarmos atenção ao contexto em que tal citação foi retirada, poderemos pensar como é que o candidato X ou Y pôde dizer isso.
Por isso, a maioria dos anúncios não são éticos, a meu ver. Trata-se de uma maneira negativa de manipulação das pessoas. Estes directores de campanha não se interessam pelo que o candidato adversário quis dizer, mas antes por aquilo que soa mais polémico (daí haver distorções do discurso, como a do "lipstick on a pig"). Esta não é, de todo, uma campanha positiva, nesse aspecto. Por outras palavras, McCain afirmara que o que lhe interessava era a discussão das ideias. É algo muito bonito de se dizer e seria melhor ainda se fosse cumprido, contudo não é. Os "ads" não se baseiam na discussão de ideias ou na divulgação de opiniões sobre os mais variados assuntos que preocupam os americanos. Assuntos como a economia, ambiente, saúde e política internacional, assuntos tão mais importantes que a baixeza que é os ataques pessoais (conhecida na análise do discurso como a Falácia Ad Hominem), não são divulgados.
Actualmente nada acontece a quem promove estes ataques. Na Grécia Antiga havia o ostracismo. Este é um caso claro de demagogia, em que este castigo seria aplicado.
Neste momento, na América, não existe nenhum "castigo", a não ser o "castigo eleitoral". Espera-se que as pessoas não se concentrem naquilo que é fútil, como seja o apanhado de frases descontextualizadas e eventuais calunias sobre adultério ou chamadas de atenção de para filhas grávidas adolescentes. Isto são polémicas que nada têm de positivo na discussão do futuro da América. Por isso, que não se pense que é algo exclusivo da campanha de McCain. Não, na de Obama também existe, embora, por vezes e nestes últimos dias, não tão flagrante. Obama admitiu lançar novos anúncios dentro em breve. A ver vamos o que dizem, se é mais do mesmo não obrigado!
Neste contexto, não vislumbro um futuro de cooperação na Casa Branca, como desejava McCain (apesar dos anúncios que têm sido lançados pela sua campanha e que faltam à verdade), a não ser, é claro, que se cruzem interesses. Relembro apenas que a união Hillary/Obama é algo que interessa aos 2. Os votos de Hillary interessam a Obama. Por outro lado, a Hillary interessam as doações dos apoiantes de Obama, devido aos prejuízos financeiros da sua campanha.
Por tudo isto, "we need a change", mas não apenas de retórica. Precisamos de uma mudança na maneira de fazer política, porque parece que o que vem primeiro não é País, mas a nomeação para Presidente, mesmo que o País e o Mundo saiam prejudicados.
Recomendo a visualização deste vídeo da CBS.

Consumo - "The Story of Stuff"

Apenas para reflectir sobre o consumo. Pode parecer uma opinião muito extremista, mas há algo que é certamente verdade.

A parte do vídeo em que o governo se "ajoelha para limpar os pés" à alta finança faz-me lembrar a promessa de McCain/Palin, de lutar contra os lobbies.



sexta-feira, 12 de setembro de 2008

The View 12 de Setembro

Acredito que muita gente não goste de McCain/Palin, como muita gente não gosta de Obama/Biden, mas penso que estas apresentadoras do programa da tarde não foram imparciais, o que se calhar (dado que se trata de um programa da tarde) não lhes era pedido, mas chegar ao ponto de defender com unhas e dentes Obama e quase não deixar falar McCain que a certo ponto tem de dizer "Let me explain." é demais.
No entanto, a questão dos anúncios é pertinente.
No final McCain pede para que elas também convidem Obama, para os 2 falarem ao que a apresentadora responde que primeiro irá Sarah Palin.
That was a hard interview...

Vídeo retirado daqui (youtube).

Entrevista de Sarah Palin - Opiniões sobre alguns pontos

Sarah Palin concedeu a sua primeira entrevista e muitas mais virão, ao que penso. É imprescindível que isso aconteça, pois todos necessitam de perceber exactamente quem é esta mulher.
Em termos de política externa houve algumas declarações polémicas, mas que a meu ver foram mal interpretadas. É quando diz que se a Geórgia fizesse parte da NATO e pedisse ajuda militar, como os EUA fazem parte da NATO teriam de responder a favor da Geórgia (contra a Rússia). Isto não é uma declaração de guerra, até porque a Geórgia não pertence à NATO. Estamos no campo das hipóteses. Para quem desejar ler diversas opiniões sobre o assunto recomendo este blog [o valor das ideias] e este [Eleições Americanas 2008].
Mas, para questões de política externa existe McCain.

Palin fala também das alterações climáticas, onde admite que o Homem poderá contribuir para muitos fenómenos que se vivem actualmente. Posteriormente o jornalista questiona Palin sobre a eventual adopção de pontos de vista de McCain (Palin algum tempo atrás tinha declarado que não acreditava que as alterações climáticas resultassem da acção humana). Na verdade, sempre se soube que Palin e McCain não concordam em todos os aspectos. Um exemplo muito simples é que Palin é criacionista e não diria não a um eventual ensino da criação do Mundo, como descrito na Bíblia. Penso que a história de Adão e Eva não deve ser entendida como o que se passou realmente, mas como uma história, com o objectivo de instruir sobre a dicotomia Bem/mal.
Contudo também se deve dizer que Obama escolheu Biden porque, segundo disse, era um homem que não concordava com ele em tudo. Era “desafiante”, pois Biden poderia “dar diferentes perspectivas a Obama, nos diferentes assuntos; não iria concordar com ele 100% das vezes (…) poderia confiar no seu conselho.” (aqui, na CBS
por volta dos 6:20 minutos).
Mais um dado curioso está relacionado com o facto de Palin ter pouca experiência em matéria internacional (aqui McCain é “expert”, por isso Palin terá oportunidade de aprender, caso seja a próxima VP). Quando questionada sobre o fato de ter ou não tido dúvidas sobre ter aceite o convite de McCain a governadora do Alasca diz que não.
Palin diz ainda que provavelmente Obama ter-se-á arrependido de não ter escolhido Clinton como VP. Talvez tenha sido uma tirada para as mulheres: já que ele não escolheu Clinton, votem em mim que sou mulher. Este apelo foi forte, no discurso de apresentação de Palin.

Pequenos excertos da entrevista:
http://abcnews.go.com/Video/playerIndex?id=5785702

http://abcnews.go.com/Video/playerIndex?id=5785702

11 de Setembro - 7 anos depois, no "Ground Zero" Obama e McCain


Foi há 7 anos que se deu o que ainda muitos não sabem explicar. A teoria oficial é a que houve um ataque terrorista contra os EUA. Contudo, têm surgido muitas teorias da conspiração.
Não sabemos exactamente o que aconteceu e por que motivo, mas sabemos que alguns edifícios (arranha-céus) sucumbiram em Nova York e que milhares de inocentes morreram. Não podemos sequer imaginar o que passaram as pessoas que se encontravam no World Trade Center, porque houve decisões tomadas por elas próprias que não compreendemos. “The falling man” é um exemplo claro desse aspecto.
É positivo haver uma interrupção de campanha, por solidariedade com o que se passou há 7 anos, mas era melhor que fosse uma interrupção, que mudasse o rumo da campanha.
Esta é uma opinião muito pessoal, mas creio que, pelo facto de os candidatos se estarem constantemente a agredir, não está a haver uma mudança na política americana. Se na maneira como a campanha é dirigida, com o vale tudo dos anúncios publicitários, em que se retiram frases descontextualizadas de discursos dos candidatos, em que se distorce o que os candidatos dizem, não há mudanças, então não sei como poderá ser governada a Casa Branca no futuro. Relembro que McCain admitiu que em problemas como as mudanças climáticas poderia haver uma cooperação dos democratas, inseridos nos gabinetes governativos.
O facto é que esta campanha manipuladora resulta na “desinformação” dos eleitores que acabam por votar não de acordo com as suas crenças no que é melhor para a América e para o Mundo, mas no candidato com maior capacidade de manipulação. Neste jogo do vale tudo, chego à conclusão que, de vez em quando, há interrupções de campanha, porque no dia seguinte tudo volta ao mesmo. Nessas interrupções, os candidatos cumprimentam-se, penso que será apenas e só para ficar bem nas fotografias…

domingo, 7 de setembro de 2008

Will something change?

Já muitos analistas norte-americanos transmitiram a sua opinião quanto à palavra que a mais define esta campanha: “CHANGE”. Na verdade, chegou-se à conclusão que era necessário mudar. E se esse sempre foi o lema de Obama, desde as primárias, a verdade é que agora até os republicanos falam de mudança, através da luta contra os lobbies e a corrupção instalada em Washington.
É certo que a mudança pode ser para melhor ou para pior (espera-se sempre que seja para melhor, o que nem sempre acontece, uma vez que o “melhor” para uns não é o “melhor” para os outros; este conceito pode ser considerado um pouco relativo), contudo para haver mudança é necessário uma vasta experiência, de modo a compreender o que deve ser mudado e porquê, tentando sempre alcançar uma melhor qualidade de vida dos cidadãos.
Neste contexto, começa a haver ataques de ambas as partes. Obama disse não entender que mudança faria McCain (“Será contra os lobbies que financiam a sua campanha?”). E termina: “Come on, Republicans must think you’re stupid!”.
Aponto apenas uma nota: é interessante Obama ter-se “queixado” que na Convenção Republicana apenas o atacaram (o seu objectivo era, evidentemente, referir que os republicanos não tinham ideias bem definidas para a governação) e depois, demagogicamente, dizer que os republicanos pensam que os americanos são estúpidos.
A propósito da campanha um dos temas quentes é a economia e o emprego. Lembram-se do slogan de Clinton em 1992: “It’s the economy, stupid!”. Now, it’s the economy that matters to the Americans [again]… É necessário apresentar propostas concretas, sem ser apenas a redução dos impostos. O que é que os candidatos pretendem fazer, de modo a criar mais empregos, baixar o preço da gasolina e controlar a crise imobiliária?
São estas as questões que precisam de ser respondidas.
E já agora, com tanto "change" será que alguma coisa vai mudar?

Notas: Algumas hiperligações relacionadas…
“CHANGE” THE RETHORIC: http://www.cbsnews.com/video/watch/?id=4423339n

sábado, 6 de setembro de 2008

Curtas...

Durante esta semana houve alguns desenvolvimentos:
1) Análise do impacto da convenção democrata nas sondagens;
2) Convenção Republica e respectivo impacto nas sondagens.
Ao que me parece, as pessoas continuam muito indecisas quanto ao candidato em que votarão.
O certo é que McCain, no seu discurso na Convenção Republicana, obteve uma audiência superior à de Obama.
O discurso de Sarah Palin quase igualou o de Obama. Este facto, está, com certeza, relacionado com toda a polémica instalada à volta de Palin. Recorde-se que a VP de McCain não era conhecida, a não ser no Alasca, antes da nomeação a VP. No entanto, se o objectivo de McCain era, eventualmente, obter os votos das mulheres .
Apesar de os 2 candidatos serem ideologicamente diferentes, continua a haver indecisos (as sondagens mostram, contudo, um ligeiro avanço de Obama).
Se o objectivo da ecolha de McCain era o voto das mulheres, (o discurso em que Palin fala de Clinton era um claro apelo ao voto das mulheres), penso que não será totalmente concretizado. Há, entretanto, um efeito positivo para o candidato republicano com a escolha da sua VP, que foi a unificação do partido, em seu redor, dado que as posições de Palin são deveras conservadoras.
Existirá, até, a possibilidade de Palin vir a ser ela própria candidata à Casa Branca, em 2012 ou 2016. O tempo o dirá, dependendo do seu desempenho na campanha eleitoral e, quiçá, na Casa Branca.