A situação ecónomica americana está a passar por períodos convulsos. Num único mês, a Reserva Federal Norte Americana "salvou" da falência as 2 maiores empresas ligadas com o crédito habitação, a Freddie Mac e a Fannie Mae e ainda uma das maiores seguradoras, a AIG. Neste último caso, a injecção de capital foi de 85 mil milhões de dólares. A empresa não falirá, mas 80% passarão a ser controlados pelo Estado norte americano. Tem-se dito que a AIG é uma empresa muito grande para falir, daí a interferência estatal. A verdade é que a AIG não só é responsável por muitos seguros de americanos, como também por empregos que tendem a ser cada vez menos nos EUA. Já num post anterior havia referido que o número de desempregados americanos ronda os 9 milhões.
Relativamente a estas injecções de dinheiro da Reserva Federal, surge uma questão: "Será que existem recursos ilimitados para evitar a falência destas grandes companhias?". 85 mil milhões de dólares é muito dinheiro, contudo provavelmente o resultado da falência da AIG seria catátrofico.
Há quem pense que este é um investimento do Estado, pois passa a controlar os ditos 80% da companhia e, eventualmente, poderá criar alguma confiança nos investidores. Pense-se no impacto que seria a falência de uma empresa da dimensão da AIG nos EUA.
Entretanto já se percebeu que é definitivamente a Economia que interessa aos americanos, neste momento. Interessa, portanto, perceber quais são as respostas dos 2 principais candidatos à Casa Branca. Aqui há algum tempo atrás, antes desta "traição de Wall Street", McCain defendia uma menor regulamentação financeira. Agora, não poderá difundir mais essa opinião...
Já Obama (ver post sobre Joe Biden), numa manobra eleitoralista diz que McCain é igual a Bush e, verdade seja dita, o "ponto fraco" de McCain é precisamente a maior precupação dos americanos neste momento, a Economia. Neste contexto, Obama defende que deve haver uma maior regulamentação, analisando o risco que as companhias correm. É um apelo à transparência. O grande objectivo de Obama é restaurar a confiança dos consumidores, mas, para isso primeiramente ter-se-á de passar por "tough times" e, só depois a economia poderá melhorar.
A única eventual boa notícia é que o preço do petróleo por barril está a dimninuir, muito embora devido ao abrandamento da economia mundial.
Este vídeo foi retirado do site da CBS.
Recomendo este artigo sobre este assunto e estoutro.
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